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Angolanidade e História

Author :  Domingos F. de Barros Neto

Product Details

Country
Angola
Publisher
Mayamba
ISBN 9789897610967
Format PaperBack
Language Portuguese
Year of Publication 2017
Bib. Info 135 p,23 x 15,5 x 0,8
Categories History
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Product Description

E para mim um grande privilegio encontrar-me hoje diante de tao ilustres personagens,com a finalidade de tecer algumas consideracoes sobre a obra de minha autoria, intitulada "Angolanidade e Historia" - forcando-me,deste modo, a ser "juiz em propria causa". Talvez por isso me sinta um pouco embaracado em poder abordar, com rigor e isencao, um tema aparentemente simples mas que, sobretudo nos dias que correm, reveste-se de uma inegavel complexidade, desde logo porque - por forca de uma correlacao logica, de causa e efeito - os dois termos ("Historia" e "Angolanidade") nos remeterem, imediatamente, para o conceito (para alguns, polissemico) de "Identidade". A este respeito, apraz-me repartir convosco o seguinte episodio: no ultimo sabado do passado mes de Junho do corrente ano, no habitual programa da Radio Nacional de Angola, "palavras e textos", escutei da boca de um eminente catedratico da nossa praca a afirmacao de que o conceito identidade nao passa de mera falacia, introduzida pelos colonizadores para melhor dominarem os povos colonizados. Obviamente, e embora respeitando a sua opiniao, todavia nao concordei;primeiro, porqueeu considero o lexema identidade como algopalpavel, real;segundo: sou defensorde um maior aprofundamento do mesmo, visando o melhor conhecimento dos diversos espacos socio-culturaisno concerto das varias nacoes. Penso que na abordagem do nosso catedratico tenha faltado, da sua parte, definir, previamente,o que ele entendeu por "identidade", em poucas palavras: faltou ter explicado aquilo que, em filosofia, e conhecido por supositioterminis ou seja: a necessidade se definir primeiramente os conceitos a serem utilizados na exposicao de um determinado tema ou assunto em analise, visando um entendimento homogeneo, de maneira a se evitarem desnecessarias antinomias hermeneuticas. Mas, voltemos ao tema principal. - Quem somos?- De onde viemos? - Para onde vamos? Ou, o que vem a dar no mesmo:nos, enquanto angolanos, qual e a nossa real Identidade?. Sao, na verdade, questoes quentes mas que,nao obstante tudo,a citada obra tenta responder, com a frontalidade que as mesmas merecem.Com efeito, a Angolanidade enquadra-se,como que num articulado harmonioso, com a Historia Patriaporquanto e ao longo das varias etapas cronologicasque,passo a passo, se verifica o lento desabrochar endogeno do conceito (angolanidade) que, paulatinamente, se vai consolidando,rumoa sua completa maturacao. E, pois, a volta destes tres pilares analiticos (quem somos?, de onde viemos?, para onde vamos?) que todo o trabalho se concentrou. Sou, pois, de opiniao de que a Angolanidade nao deve ser vista com a lupa embaciada pelo orvalhode um calculistico rigor cientifico-matematico, mas sim nocontexto dinamico da vida humana,alicercada na convivencia social,esta, por sua vez, enxertada numa atmosfera de socializacao comunitaria constituida por varios agregados antropologico-culturais.Ora, e neste momento que surge a pergunta que nao se quer calar: tera valido a pena, ou nao, o esforco empreendido, neste sentido? A resposta deixo-a ao criterio dos leitores que se debrucarao sobre o trabalho.Entretanto apraz-me informar que, em todo o percursoda elaboracao daobra,seguio conselho do grande intelectual africano, o maliano AmadouHampateBa que me disse: (Barros) "compete aos Africanos falar de Africa aos estrangeiros e nao os estrangeiros, por mais sabios sejam eles, falar de Africa aos Africanos" ("Kaidara, RecitInitiatiquePeul") ao que eu respondi, dizendo-lhe: mestre, concordoplenamente eacho que, de facto, so deste modo e que os africanos deixarao de serem vistos pormuitos cidadaos dos paises ditos "mais avancados", como os eternos "bons rapazes selvagens", na polemica e tao debatida visao de um Jean Jacques Rousseau e seus sequazes.Na verdade e aqui entre nos, falar sobre a Angolanidade, com suporte na sua Historia, nada mais e do que lancar o veemente apelo a todos os angolanos para a premente tomada de conscientizacao plena da sua endogenidade africana. Domingos Barros Neto

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